sábado, 16 de janeiro de 2010

Eu só me fodo( relacionamentos)

Eu sou o tipo de pessoa que tem que sentir amada para tentar dar um espaço para a pessoa. Se eu sinto que nao, eu me fecho de novo.Faço de tudo para a pessoa ir embora. é como eu tenho me sentido, má, grossa, sem sentimentos..porque eu ja disse pra ele tudo o que eu queria dizer, tudo o que eu sinto, mas me parece tao vago..
Que vontade de chorar. Ele lá eu cá. As vezes penso se quando ele sai ele pensa em mim, ou será mais uma mentira?Nesses 2 meses só conversando, eu tive esperança e quando eu perdia ele me dava um motivo para crer de novo. Hoje é um dia ruim na minha vida. Acordei achando que ninguem gosta de mim e que ninguem vai se dar falta da minha pessoa se eu sumir. E achando que ninguem nunca vai gostar de mim. Eu sinto muita falta do que eu nunca tive, amor. Amor de verdade, nao aquele amor comprada, apenas dito da boca pra fora quando se quer algo em troca, só para iludir e conseguir o que a maioria dos homens sempre quis comigo.E quando me aparece alguem que diz que nao , que nao quer só isso, eu fico tao perdida, porque de fato isso nunca aconteceu. Eu ja ouvi historias de varios caras como ''eu te amo, vem pra minha casa''? ou até mesmo , ''voce é especial, vamos sair?'' e quase todas elas foram mentiras.
Ter coragem no amor. É algo que uma voz me diz mas ter coragem é uma coisa, e saber que pode ser uma ilusao é outra. Eu sou complicada, demais demais, que as vezes eu fico com raiva de mim. Eu queria ser uma moça que leva a vida de uma forma diferente, sem receios, sem medo,mas eu sou essa . Eu nao gosto disso.Eu queria nascer de novo, limpa, sem essas marcas que me assolam, que grudaram em mim e que me fazem ser desse jeito, sendo que por fora pareco intocavel, dura, as vezes repulsiva.Mas por dentro, sou quebrada. Umas boneca quebrada.
Nao tenho dó de mim. Muitas coisas eu fui ingenua, por muitas coisas eu tive que passar pra me tornar essa pessoa cheia de enigmas que eu sou. Nao sou facil . Ninguem consegue me ganhar.Ninguem consegue um beijo meu. Ninguem consegue mais sair comigo.Porque eu nao deixo e nao quero.
Será, que vai aparecer aquela pessoa que por mais que eu tente me afastar, vai me provar que é possivel viver um amor?Que vai me amar e cuidar dessas marcas que a vida teimou de deixar em mim?Que vai me mostrar um lado bonito da vida que eu ainda nao conheci?Eu preciso disso. Eu preciso que alguem me ame.E conserte e remende os panos rasgados dessa boneca.
Alguem que me ame sem pedir nada em troca, mas que me faça ver que na vida é possivel sim, encontrar a tal felicidade.

5 comentários:

  1. Namorei com uma borderline durante 14 meses. Anel de noivado. Pedido de casamento aceite. Só as famílias eram contra.

    De repente, tudo se desmoronou.
    Senti como se me tivessem tirado o chão debaixo dos pés. A minha borderline terminou comigo de forma abrupta e sem um motivo definido.
    Sempre fui um namorado presente e carinhoso. Dava-lhe tudo. Fazia tudo por ela. Suportei coisas que não admitiria a mulher nenhuma. Foram tantas as mentiras, vómitos, crises, alucinações. E eu nunca desisti.
    Pedia-me para nunca a abandonar por mais que me custasse. Dizia que não sabia como eu aguentava o mau feitio dela.

    A instabilidade dela e vontades súbitas de querer terminar a relação fizeram os meus pais detestarem-na. Achavam que não gostava de mim e não era mulher para mim.

    Depois tudo mudou. Senti-a mudar poucos meses antes do fim... quando a mãe a levou para a religião evangélica. Nunca mais foi a mesma comigo. Ficou fria, tratava-me mal, queria terminar sem motivo e depois arrependia-se. A mãe escondeu-me o verdadeiro diagnóstico.
    E há algum tempo que andava a trabalhar para nos separar. Criava atritos dificuldades.
    Os pais chegaram ao ponto de mentir para protegerem a filha. Falsos assaltos, mentiras sucessivas.. e os pais sempre protegendo. Inventavam ou adulteravam a verdade para não "parecer mal" aos olhos dos outros.

    Após o fim do namoro ela contou diferentes versões, sendo que na última contou que tinha terminado porque a tentei violar. Eu consegui provar que não lhe fiz mal nenhum. Mas os pais dela não quiseram nem saber. Passaram a tratar-me como se a tivesse violado mesmo. Toda a família dela cortou em bloco comigo e andaram a dizer mal de mim junto de pessoas conhecidas e círculo de amigos. Sabem que estou inocente mas "não mexeram uma palha" para reporem a verdade. Denegriram e enxovalharam a minha imagem ao máximo. Queriam que eu fosse o culpado e pagasse pelos males da filha. Até me quiseram culpar pelas crises que ela tinha.

    Há quem diga que a história da tentativa de violação foi uma história criada pela mãe dela para proteger a reputação da filha e a imagem da família não ficar manchada(há a possibilidade de ela me ter traído durante todo o tempo de namoro). Não andará longe da verdade. A mãe passava a vida a esconder coisas ao pai (que era um "banana" nas garras duma mulher tremendamente dominadora).

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  2. O que sei é que durante 14 meses fui um rapaz "impecável" e depois correram e "cortaram" comigo. E depois enxovalharam-me ao máximo. Os pais nunca quiseram esclarecer a história da tentativa de violação.

    Mas a verdade veio ao de cimo. E há pessoas que perceberam que não fui o culpado de nada na saúde e na vida dela.

    Perdi a namorada/noiva que tanto amava (foi a única rapariga que realmente gostei).

    Hoje toda a gente diz que foi melhor assim. Que ela não gostava de mim. Que mereço mais e melhor.
    Que com ela ia passar uma grande cruz (e sobretudo com aquela família!).

    Mas isso não me deixou mais tranquilo.
    Ela esqueceu tudo o que vivemos juntos, os momentos bons que passámos é como se nunca tivessem existido. Para ela eu passei a ser um "demónio". Eu sei que não fiz nada de errado, mas a família dela quis empolar essa imagem. Queriam um culpado.

    Algum tempo depois fizeram constar que a filha tinha melhorado com o fim do namoro e que até já nem tinha crises. Mas as pessoas viam um filme diferente. As amigas notavam reacções estranhas nela (vivia obcecada com a religião) e mentia muito mais do que antes, mesmo em pequenas coisas.

    Claro que eu tinha também de ser o culpado por lhes "estragar" a filha. Houve uma ocasião meses mais tarde que até me queriam bater quando eu só queria esclarecer alguns malentendidos.

    Mas foi quando eu consegui provar que nunca lhe tinha feito mal algum que os pais mudaram de atitude. Tiraram-lhe o computador e ao fim de algum tempo ela mudou de nr de tlf. Isolaram-na. Ela deixou de contactar as amigas de sempre.
    Os pais passaram a escolher-lhe os amigos.

    Como é que se consegue ajudar quem não quer ser ajudado? Como se lida com o orgulho e arrogância destes pais (que negligenciaram a filha na infância) e que insistem teimosamente em querer viver toda a vida uma grande mentira do que enfrentar uma pequenina verdade? Querem tanto que a filha seja "normal" que acabam esquecendo o mais importante: aprenderem a cuidar da filha.
    E acabam por afastar dela todas as pessoas que a quiseram ajudar. Para eles a culpa está no mundo... as outras pessoas sabem que a filha é doente e se falam alguma coisa são maldosas. A filhinha é perfeita e não faz mal nenhum a ninguém (mesmo que até já tenha feito o suficiente para um dia ser presa).

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  3. Sempre foi muito impulsiva e imatura. Agia sem pensar e não media as consequências.

    Hoje os pais dizem que ela não se pode casar.
    Que não consegue sentir o amor como as outas pessoas. Será verdade?

    Na minha perspectiva os pais são muito idiotas mesmo. Ao longo da minha pesquisa (7 meses vasculhando a internet) encontrei muitos blogs de borderlines (sobretudo brasileiras).
    E vi muitos casos de mulheres que fazem uma vida normal, têm filhos saudáveis, conseguem manter um emprego e casamento. E sempre me perguntei, porque com a minha borderline não podia ser assim também? Porque a minha haveria de ser assim tão diferente das outras? Se as outras conseguem.... Será apenas uma questão de ter o tratamento certo?

    Eu vejo tantas possibilidades e tantas abordagens que podem ser ainda experimentadas.
    Porque a mãe dela nunca procurou conhecer outras mães com filhas borderline? Como é que consegue dormir à noite?

    Por outro lado, pode parecer contradição mas não é. Ela só está bem junto da mãe. É como que o "porto de abrigo" ou objecto protector dela. E quando ela está perto da mãe está realmente controlada e não tem crises.
    E não me parece muito normal uma jovem mulher de 22 anos ser tão dependente da mãe... até para decidir o que vestir ela pergunta à mãe...

    Enfim. Eu a perdi para sempre. Dizem-me que fui o melhor namorado do mundo para ela, com uma paciência quase inesgotável. Mas que já fiz tudo o que podia fazer por ela. Mas isso não me deixa mais tranquilo. Nada do que fiz por ela foi reconhecido. Nada do que eu faça no futuro será reconhecido. É como que um "jogo viciado" contra mim. Parece que o mundo inteiro é contra a nossa união.

    Só gostava um dia entender como ou porquê ela me ganhou tremendo ódio. Ao ponto de nunca mais ter falado comigo. Ela que era incapaz de passar um dia sem me falar. Entretanto passaram-se vários meses... toda a gente nota que ela mudou, ficou diferente, mudou de amigos, afastou-se. Vive com e para a família.

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